segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PMG News - Especial Donna Fashion Iguatemi 2011

Erika Palomino falou para a PMG



Em 2011, a maior semana de moda do Sul do Brasil chegou à sua 14ª edição sob a curodoria da jornalista e consultora de moda Erika Palomino (juntamente com editora do caderno Donna ZH, Mariana Kalil). O conceito do evento seguiu a linha Color Experience inspirado na macro-tendência do verão 2012, o Colour Blocking. 

Erika Palomino é uma das críticas de moda mais influentes do país. Construiu uma sólida carreira através da vasta experiência em veículos de renome como a Folha de S. Paulo, onde escreveu por 17 anos, na coluna Noite Ilustrada. Lançou três livros ( ‘Babado forte’, ‘A Moda’ e ‘Folha Explica A Moda’).e realizou diversas coberturas de fashion weeks do mundo todo. 

Aproveitamos a oportunidade para saber a opinião da expert sobre alguns assuntos do momento: 

Erika, como você acredita que tantos novos talentos formados pelos cursos de moda vão ser absorvidos pelo mercado? “Considero que temos uma demanda grande de novos estilistas no país e que as pessoas devem pensar não somente em serem estilistas mas também em atenderem outras demandas do mercado, como as áreas de gerenciamento de produto, modelagem, estamparia, uma série de outras demandas do processo que não só o de ‘vou abrir a minha marca’’. 

Qual a melhor forma de um profissional se destacar no mercado? “Há uma certa dose de idealismo que deve ser atendida com um background de conhecimento em administração de empresas, de marketing, pois sabemos que a experiência do pequeno empresário no Brasil é de ter seu negócio fechando entre 2 a 4 anos de vida e acumular dívidas. A moda é uma indústria que se alimenta do sonho, do tal do ‘glamour’, mas para o estilista, sempre recomendo que faça cursos de contabilidade e administração, por que não basta aprender a costurar. 

O que um estilista deve evitar para consolidar sua carreira? ”Todo estilista precisa se estruturar como um todo e talvez segurar o ego, não querer aparecer apenas na passarela, focando em todos os setores da moda e aprender a lidar com o vício da moda”. 

Como você vê o panorama da indústria de moda brasileira em relação à produção em massa produzida na China: “A questão é longa mas o que deve ser feito é um apoio significativo do governo, para podermos fazer frente com esses baixos preços e esse esquema de produção gigantesco dos chineses”. 

Saiba mais sobre a situação dos mercados têxteis brasileiro e chinês: Segundo a Agência Estado, em julho deste ano a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) já estaria criando um programa específico de estímulo ao setor têxtil brasileiro, onde haveria reduções de impostos, melhoria nas condições de financiamento,além de elevar as exigências sobre a qualidade do produto importado. 

Além de prometer melhoras para o setor têxtil, o governo brasileiro também têm investigado uma série de possíveis irregularidades nos processos de exportação dos produtos chineses. Entre eles está a suspeita de que a China esteja usando países como Vietnã e Indonésia para burlar o pagamento dos impostos direcionados a ela. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior abriu investigação no último dia 5 de outubro e seguirá por 2 meses. No mês de agosto, o governo nacional elevou os impostos para os carros importados. 



Confira as fortes tendências apresentadas no DFI para o verão 2012: